sábado, 27 de fevereiro de 2010

O 1º dia sem os donos...

Os dois dias que se seguiram à sua 1ª noite aconteceram no último fim de semana de Setembro e por isso todas as atenções se centraram na nossa linda “labrador”. Mas a preocupação de ambos centrava-se já no seu 1º dia sem a nossa presença. A segunda feira que se seguia ao seu 1º fim de semana na nossa companhia.
Nas noites seguintes o seu choro já não foi tão incisivo e os seus “cocós” começaram a ter a orientação que lhe sugerimos, por cima do jornal para esse propósito. O único problema era o facto da Luna se incompatibilizar, de vez em quando, com o jornal e o destruir por completo. A cozinha começava a sofrer com as suas crises de solidão e tivemos que forrar a papel as partes inferiores das portas. Mais que uma vez. Porque o forro tinha que estar mesmo perfeito senão a Luna desfazia-o em meio minuto.
O 1º dia da Luna sem a nossa presença decorreu com normalidade no nosso quintal onde estava situada a sua casota. A única anormalidade foi ela estranhar a casota e nos primeiros tempos hesitar no seu uso. No 1º dia, regressados do emprego, demos com a laranjeira algo abalada pelas incursões rebeldes da Luna… Mas nada de grave, convergimos ambos na análise ao seu 1º dia sozinha.

A 1ª noite da Luna

A 1ª noite da Luna em nossa casa fez com que nos despedíssemos dela com alguma apreensão pelo que se sucederia após a nossa ausência. Embora notasse na Eva uma vontade reprimida de a levar para o nosso quarto, não deixei a ideia vingar e a Luna ficou mesmo sozinha, na cozinha. A cadelinha mal se sentiu sozinha começou a chorar continuadamente e dei com a Eva a meio da noite na Net móvel a procurar soluções para esta situação enquanto eu por ouvir menos bem do que seria desejável não dei por nada. De manhã lá fomos os 2 cheios de expectativa ver o que se tinha passado e mal nos viu sentiu-se logo na Luna uma alegria radiante pela nossa presença. Os primeiros dias serviram para eu encaixar na minha cabeça que os “cocós” da Luna (espalhados por toda a cozinha) eram uma tarefa que não mais me livraria desde que ela entrou nas nossas vidas. E por isso antes da viagem para o trabalho era aquela a minha função. Empregado de limpeza privado da Luna! A Eva ofereceu-lhe uma T-Shirt (ideia adquirida via net) que usou naquele 1º dia para servir “de companhia” nas noites que se seguiram. Sem grande sucesso, diga-se…

Eis a Luna ou, porque não, o novo Marley!

Depois de duas experiências algo traumatizantes a Eva foi mantendo sempre a chama acesa abordando o assunto as vezes suficientes para que um dia lá me decidisse e chegados ao local onde ela e os irmãos nasceram e, entre as hipóteses possíveis, a Eva não hesitou e apontou para a cadelinha isolada de todos os outros, com ar de rebelde, independente, enérgica mas, linda, muito linda, muito mais linda que todos os outros. Com a doçura de sempre a Eva aconchegou-a junto a si e a Luna fez a sua 1ª viagem no nosso veículo. Dois dias após o nosso 3ª aniversário de casamento eis a Luna na nossa casa. Era o 1º dia da travessa cadelinha junto de nós. E a 1ª noite aproximava-se...